Já falamos em outro post sobre os conceitos iniciais sobre o a crase. Nós vimos que ela ocorre quando:
a) Contração da preposição a com o artigo feminino “a”.
b) Contração da preposição a com o pronome demonstrativo “a”.
c) Contração da preposição a com o “a” que inicia os demonstrativos aqueles, aquela, aquilo, aquelas.
Segunda a primeira premissa, a crase ocorre quando há artigo feminino e só há artigo feminino quando há uma palavra feminina (um substantivo feminino), como A mesa, A praia, A cidade, etc.
Agora quando a palavra feminina "pedir" o artigo, podemos dizer que termos uma crase. Mas como saber se a palavra feminina pede ou não, o artigo?
Essa regrinha tenho certeza que você já ouviu por aí. Basta reler a oração em que apareça regidos das preposições: "de", "em" e "por". Se tivermos meras preposições, o nome dispensa artigo.
Exemplo:
Vou a Copacabana.
Vou a Vitória.
Substituo o verbo ir (= vou) por: venho, passo, moro
Venho de Vitória.
Passo por Vitória.
Moro em Vitória.
Então:
Vou a Copacabana.
Vou a Vitória.
Atenção! O "a" é mera preposição e as palavras Copacabana e Vitória não pedem o artigo, por isso não se usa crase.
Porém, se houver necessidade de usar, respectivamente: da (= de + a); na(= em + a); pela (= por + a), a palavra feminina tem o artigo feminino definido "a", então haverá crase:
Ex.:Vou à Bahia
Venho da BahiaMoro na Bahia
Passa pela Bahia.
Houve contração da preposição de + a = da, em + a = na, por + a = pela por isso "a" da Bahia é craseado.
Vou à Bahia.
Outra regra prática para sabermos se o substantivo exige ou não o artigo feminino definido "a" é substituir o vocábulo feminino por um masculino. E se aparecer a contração da preposição "a" com o artigo "o" = ao antes do nome masculino, haverá crase. Ex.:
Eu vou a cidade
Posso dizer:
Eu vou ao Município.
Logo, na oração:
Eu vou à cidade. O "a" da cidade deve ser craseado.
E se não pedir, como saber? Veja o exemplo:
Eu vou a Roma.
Eu venho de Roma.
Atenção! A palavra Roma não pede o artigo feminino, porém se eu disser:
Eu vou a Roma dos Césares. A palavra Roma, agora, está determinada. Pense assim: Não é qualquer Roma que vou, eu vou àquela Roma dos Césares, então, craseia-se o "a" de Roma. Esse é o exemplo clássico.
Eu vou à Roma dos Césares.
Outro exemplo:
Eu vou a Copacabana.
Eu vou à Copacabana de minha infância
Ele foi a Minas.Ele foi à Minas de Tiradentes.
Dica! Há uma música para ninguém esquecer o uso da crase nesses casos:
Se vou a
E venho dá
Eu craseio o à
Exemplo:
Vou à festa
Venho da festa
Se eu vou a
E venho dê
Crasear o a
Para quê ?
Exemplo:
Vou a São Paulo.
Venho de São Paulo.
PARA MEMORIZAR:
Se venho "da" é "à" (com crase).
Se venho "de" é "a" (sem crase).
Vou à Grécia. Venho da Grécia.
Vou a Santa Catarina. Venho de Santa Catarina.
Ufa! Isso é só o começo. Acompanhe os próximos posts sobre a famosa crase.
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